.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Avenida

Vejo-te num estado lastimável, invadido pelo fumo do tabaco, coberto de olheiras por causa das noites mal dormidas, mais esguio do que um rapaz normal. Lá vais tu em plena Avenida, ocupado nos teus pensamentos sem olhar para as pessoas e tentar adivinhar-lhes o que lhes vai em mente mas, entretanto esbates em mim, caem os livros e apontamentos e tu apressadamente pedes 'Desculpa'. Eu desculpo-te porque ias a vaguear pelo teu pensamento, eras simplesmente um jovem inocente, não te podia culpabilizar pelo esbarramento, porque se não também eu teria de pedir desculpa, porque ia igualmente distraída no meu mundo igual ao teu. O mais estranho de tudo é que eu nunca tinha como vício passear naquela Avenida, não era hábito, lembro-me disto porque tu rapidamente me perguntaste 'És daqui?', eu a medo te disse não, estava só de passagem porque me sentia triste, e naquela Avenida, directamente ligada ao rio era onde ia sempre que me sentia assim. Naquele preciso momento eu estava sensível, e tu, sem me conheceres de lado algum, com a tua voz sensível disseste, 'Estás triste? Podes falar, afinal eu não passo de um estranho para ti'. Eu aceitei ir contigo para falarmos, até porque me tinhas pegado pela mão, sendo eu tão sensível como a tua voz, ia para onde me sentisse bem. Derrepente vejo-me onde costumava passar os fins das tardes outrora, no banco colorido junto ao rio, pensei que tu achasses o mesmo que eu, que conforme as ondas esbatiam nas rochas ouvias uma voz de sossego constante, falei então contigo como não falava à muito tempo e senti-me como a onda, livre e com força para tudo. Depois de me teres ouvido, de te teres desculpado, e eu chorado das mágoas que possuia, deste-me a mão como da primeira vez e disseste 'Tudo o que senti veio do coração'. Agora, passado meses, encontro-me contigo todas as tardes ao longo da Avenida, onde tu já lês os pensamentos das pessoas, dizendo o que lhes vai na mente e em que eu dou-te a mão para não cair como da 1ª vez.
IS.-

Rita Contim disse que era para ti (:

4 comentários:

  1. esta muito fixe o teu blogue alias acho que tudo nele esta fixe especialmente os textos.bjs

    ResponderEliminar
  2. Fantástico!:D
    Dedicado a mim mas feito a pensar noutra pessoa x) na aula de..(já n me lembro)xD
    Gostei!! Escreves muito melhor do que ha uns anos atrás :D
    Grande ideia a nossa de criares um blog ^^
    Beijinhos*

    ResponderEliminar
  3. hey amora, ja tinha lido este texto magnifico feito0 por ti <3

    sabes qe escreves muito bem??

    Qando o li até fiqei parva :0

    A minha amora escreve tao bem :O

    ès me tanto Iolanda R. Rodreigues dos Santos <3

    Amote

    ResponderEliminar
  4. :')
    Falar faz sempre bem e ter um Porto Seguro para que não caias, para que não te deixe cair, ainda melhor ("eu dou-te a mão para não cair como da 1ª vez.").
    Os "verdadeiros" portos seguros estão lá e apoiam-te sempre, sempre. Mesmo mal te conhecendo e mesmo q tu não digas q não estás bem...eles sabem. e é isso que os diferencia de todas as outras pessoas.

    beijinho*

    ResponderEliminar

Obrigada por aqui passarem, deixem as vossas melhores memórias.
Beijinho