.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Não foi um meio termo.

Hoje, cheia de tristeza carregada em mim fui sair, talvez tenha sido a maneira que arranjei de espairecer, de esquecer o mundo. Sentei-me no banco de jardim, o qual costumo frequentar cada vez que estamos juntos, sentei-me e pensei durante horas a fio, em TUDO o que se estava a passar comigo, desde as tristezas, as confusões na minha cabeça, às inseguranças, a tudo.
Pensei muito, mesmo muito, mais que alguma vez tinha pensado, afinal o que queria eu da minha vida? o que estava eu a fazer ou a querer fazer dela? o amor que sentia por quem me amava julgava que já não era igual, tinha tantas inseguranças, tanta coisa para assimilar, que acho que iria explodir a qualquer momento.
Queria despedir-me daquilo tudo, rasgar cada bocadinho como se fosse um papel despedaçado, queria que tudo desaparecesse, até eu queria desaparecer. Depois de juntar cada papelinho rasgado apercebi-me que não podia ser, arranjei coragem suficiente e agarrei no canivete que trago sempre comigo e escrevi na árvore grande e velha que ali estava tudo o que queria apagar de mim, "despir" de mim, desde desamores, traições, inimigos, mágoas, rancores, queria que tudo ficasse por ali, e ficou, ali gravado, vim-me embora sem sequer olhar para trás, e um dia, se quiser recordar tudo o que esqueci, dirijo-me à árvore, porque ela estará sempre no mesmo sítio, com a gravação que lhe fiz.


IS.-

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigada por aqui passarem, deixem as vossas melhores memórias.
Beijinho