Conheces-me desde o meu primeiro minuto de vida, abraçaste-me com toda a tua força, com toda a tua alegria e felicidade que possuías naquele preciso momento em que me conheceste, porque afinal eras o meu herói, o meu salvador, só não sabias naquele momento.
Lembro-me da infância que tivemos juntos, ou seja, das brigas por causa que havia sempre um de nós que queria o comando da televisão, de eu te culpar das coisas que eu fazia e vice-versa, de não me suportares ao ponto de dizer "já não gosto de ti, sai daqui", lembro-me de todos os pormenores, de todos os feitos, mas crescemos, fizeste parte da minha pré-adolescência, mas paraste por aí, tiveste que parar, não por obrigação, mas porque era o teu dever, porque apesar de continuares a ser o meu herói tinhas que ir proteger outro alguém, a tua mulher. Não sei se foi egoísmo da minha parte, se foi ambição, mas eu não queria, queria que ficasses só meu, queria que ela viesse para ao pé de nós mas que tu não te fosses embora, porque nunca mais iria ver, "pensava" eu, e pensei bem.
Mal saíste de casa, eram raras as vezes que lá ias de visita, eu saí por outros motivos e perdemos o contacto que durante tantos anos tivemos, e que por pena de ambos foi perdido, mas ao fim de tanto tempo, de chorar tanto por ti, por ela, e de igual forma, consegui, consegui o que sempre quis, rever-te, não te quero em minha casa é claro, porque o teu lugar aqui só pertence no meu coração, mas quero-te, quero-vos sempre perto de mim.
É por isso que digo, que apesar de seres meu irmão, serás sempre o meu melhor amigo, o meu herói, o que suporta tudo. Obrigada por continuares de olho em mim, e como dizes "see you later".
IS.-
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Obrigada por aqui passarem, deixem as vossas melhores memórias.
Beijinho